terça-feira, 29 de junho de 2010

“Uma nação de apicultores”

A apicultura tem uma história longa e interessante na Eslovênia. O biólogo esloveno Janez Gregori chega a descrever seu país como “uma nação de apicultores”. E, de fato, os eslovenos são conhecidos como apicultores peritos desde o oitavo século EC. Dessa época até o século 19, mantinham suas colméias em troncos de árvores ocos, as quais eram conhecidas em algumas regiões eslovenas como korita, ou cochos. Por volta do século 15, no entanto, com o aparecimento das serrarias, os antigos cochos começaram a ser substituídos por colméias em forma de quadro, que eram chamadas humoristicamente de truge, ou caixões, devido ao formato alongado.
A enorme procura pelo mel e pela cera de abelha fez com que a apicultura se tornasse de tanta importância econômica que chamou a atenção dos administradores de terras. Eles favoreceram determinadas pessoas com direitos exclusivos sobre a apicultura. É compreensível o grande interesse por parte desses administradores tendo em vista a necessidade de cera de abelha na fabricação de velas para uso em especial nas igrejas e nos mosteiros, e também pelo fato de que o mel era o único produto disponível na época para adoçar alimentos. No século 16, depois que o trigo-sarraceno começou a ser plantado para colheita, tornando-se uma nova fonte de alimentação para as abelhas durante o outono, a produção de mel aumentou ainda mais. Não demorou muito para que a região de Carniola estivesse exportando mel e cera em grandes quantidades. Valvasor, erudito do século 17 e natural de Carniola, relatou que, em meados daquele século, só aquela região exportava por ano “milhares de quintais” de mel para Salzburgo, Áustria.

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