O homem também descobriu que conservar pequenas populações das pragas das safras talvez seja até mesmo o modo mais eficaz de reduzir as perdas de safras, assim garantindo uma reserva alimentar para seus inimigos naturais e impedindo-os de se extinguirem. Ficou a par que uma agricultura totalmente isenta de insetos não era nem sábia nem exeqüível, pois o homem pode ganhar a batalha, porém perder a guerra.
A coexistência e o controle, em vez de o extermínio, tornaram-se a nova estratégia bélica do homem. Criou-se um sistema denominado CIP (Controle Integrado das Pragas). Instalaram-se sistemas de alarme precoce para predizer ou detectar a presença duma praga muito antes de poder causar danos às safras, dando ao agricultor a oportunidade de tomar a ofensiva antes de o inimigo comparecer como força invasora. Poderia então empregar uma variedade de controles biológicos: predadores naturais e parasitos, doenças das pragas, machos esterilizados para reduzir as taxas de reprodução.
Estavam envolvidas também a volta, por parte do agricultor, à rotatividade e à diversificação das colheitas, práticas de cultivo que desencorajam a infiltração e a reprodução das pragas, a mudança dos calendários de plantio, culturas mais resistentes aos insetos, e até mesmo a utilização de safras falsas para desviar o fogo do inimigo da safra principal. Os pesticidas, as bombas atômicas do combate humano, poderiam ser então utilizados como último recurso — mas somente quando necessários, e em aplicações cuidadosas e limitadas. Lavradores que empregam tais métodos têm relatado boas safras, ao passo que reduziram drasticamente seu emprego operoso de fertilizantes e inseticidas.
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