sábado, 28 de agosto de 2010

Insetos Constituem Uma Bênção

Ao passo que alguns insetos podem ser prejudiciais, nas circunstâncias atuais, como um todo são uma bênção para a humanidade. Quando os insetos se tornam pragas, amiúde a culpa é dos homens. O homem repetidas vezes falhou em manter um alto padrão de higiene. Transtornou o equilíbrio entre a vida vegetal e animal, e poluiu o ar, o solo e a água. Desequilíbrios em seu próprio sistema talvez, às vezes, façam com que seu corpo atraia insetos tais como os mosquitos. Manifestamente, os insetos, governados pelo instinto, não podem ser culpados do que fazem devido às falhas e fraquezas do homem.
As pessoas que reconhecem a existência de um Criador amoroso vêem nos insetos uma parte da criação de Deus. Isto as impede de tirar conclusões precipitadas sobre qualquer criatura ser prejudicial. Avaliam, também, que as atuais circunstâncias não podem ser usadas como base para se determinar que efeito teriam os insetos sobre os homens livres de todas as imperfeições e fraquezas físicas. Estão confiantes de que os insetos continuarão a ser uma bênção para a humanidade.

O Homem Ainda Tem Muito a Aprender

O conhecimento do homem sobre os insetos ainda é muito incompleto. A cada ano, de 7.000 a 10.000 novas espécies de insetos são descobertas. A relação entre milhares de insetos e a vida animal e vegetal ainda é desconhecida. Mas, o que já se aprendeu mostra que os insetos ocupam importantíssimo lugar na terra. Observou Carl D. Duncan, professor de entomologia e botânica:
“Talvez seja impossível visualizar adequadamente a totalidade dos efeitos proveitosos que os insetos exercem direta ou indiretamente sobre o bem-estar humano, porém os benefícios são incalculavelmente grandes.”
Amiúde, o lado negativo dos insetos recebe maior atenção. A mosca, exemplificando, é associada comumente com a transmissão de doenças. Mas, quantas pessoas pensam em seu papel como necrófaga e melhoradora e conservadora do solo, quando no estágio de larva? E, não sabia que não se conseguiu estabelecer plenamente a culpabilidade da mosca doméstica? Afirma Scientific American:
“A lista de doenças humanas e animais de que são acusadas de transmitir agora se situa em mais de 65. . . . Todavia, a evidência ainda é apenas circunstancial. A reputação das moscas domésticas é a de um homem acusado de homicídio porque foi encontrado ao lado da vítima com um revólver carregado nas mãos. Na maioria dos casos, não se pode provar conclusivamente que as moscas em pauta puxaram o gatilho do revólver.”

Controle das Plantas

Muitos insetos mostram preferir determinada espécie de planta. Seus hábitos alimentares impedem que várias plantas cresçam desenfreadamente.
Um caso em pauta é a opúncia. Esta planta foi tolamente introduzida na Austrália. Não havendo insetos inimigos para controlá-la, a opúncia espalhou-se rápido. Dentro de pouco tempo, tornou milhões de hectares de terra praticamente inadequados para a lavoura.
Daí, em 1925, foram enviados da Argentina para a Austrália 2.750 ovos da mariposa do cacto. Por fim, milhões de ovos foram distribuídos em áreas em que a opúncia tinha fincado pé. As lagartas incubadas da mariposa do cacto fizeram bem seu trabalho. Penetraram nas juntas da opúncia e assim a destruíram. Por fim, este cacto deixou de ser uma praga para a Austrália.
Outro exemplo de controle das plantas pelos insetos envolve a erva de S. João ou hipericão. Esta erva foi trazida da Europa para os EUA. Foi primeiro observada nos EUA em 1793. Por volta de 1940, milhares de hectares das pastagens do norte da Califórnia foram devastados por esta praga. Mais tarde, introduziram-se seus inimigos insetos. A respeito da efetividade de tal medida, declara Scientific American:
“A destruição do hipericão pelos besouros foi acompanhada pela volta das desejáveis plantas forrageiras. Na Califórnia, muitos milhares de hectares agora dispõem de capacidade marcantemente maior de sustentar o gado; os valores dos terrenos subiram; os gestos com o controle do hipericão são mínimos.”
Mas, será que tais insetos se tornaram uma praga desde que o hipericão passou a ser controlado? Não. Continua Scientific American:
“Devido a que os crescimentos do hipericão não mais são extensivos e as áreas infestadas se acham agora amplamente separadas, todos os importantes insetos imigrantes, que dependem totalmente do hipericão para sobreviver, decresceram em número. Felizmente, sua habilidade de localizar novas áreas infestadas e sua alta taxa de reprodução impediram qualquer ressurgimento importante do hipericão. Todos os indícios são de que esta planta nociva da pradaria será controlada e que seus controles por insetos se perpetuarão.”
Não há meio de se saber exatamente quantas plantas se tornariam pragas se não fosse pelo controle dos insetos. Mas, os exemplos adrede mencionados bem ilustram que o homem carece de ajuda dos insetos.
Até mesmo as atividades dos insetos que parecem destrutivas podem ser proveitosas para o homem. Nas florestas, os insetos realizam vital tarefa de poda. Alguns atacam e matam os galhos inferiores das árvores. Esta poda natural fornece ao homem madeira de melhor qualidade. Ainda outros insetos matam árvores. Destarte, impedem que as áreas florestais se tornem apinhadas demais. As árvores que sobrevivem conseguem crescer mais rápido. A atividade dos insetos florestais também reduz o perigo de incêndio e torna a floresta mais adequada como lar para a vida selvagem.

Que Dizer dos Insetos Que Comem Plantas?

Mas, os insetos realmente comem plantas vivas, não apenas as mortas. Não é isso prejudicial aos interesses do homem? Não necessariamente.
A observação e a pesquisa cuidadosas indicam que os insetos preferem as plantas que, de alguma forma, têm deficiências de nosso ponto de vista. Talvez seja o solo pobre, a idade da planta ou alguma condição desfavorável de crescimento que foi responsável pela deficiência.
Quando a planta fica deficiente, deveras atrai os insetos. Exemplificando: O Dr. William Albrecht, da Universidade de Missouri, EUA, dirigiu uma série de testes com o espinafre. Descobriu que os insetos conhecidos como tripes destruíam o espinafre produzido em solo pobre. Mas, o espinafre produzido em bom solo sobrevivia.
Daí, houve o caso de duas videiras que cresciam lado a lado. Uma foi atacada pelos besouros japônicos, mas a outra não foi. Todavia, as folhas de ambas as videiras estavam entrecruzadas. Os besouros só se alimentaram das folhas da videira mais antiga, que não aceitava bem a nutrição que lhe era dada.
Similar observação foi feita quanto a duas safras de alface. Uma safra fora detida por desfavoráveis condições de crescimento, e fora atacada por afídios. Mas, na alface cultivada em condições favoráveis de crescimento, no mesmo solo, não foram encontrados afídios.
Comentando por que os insetos preferem plantas que consideraríamos inferiores, o livro Our Poisoned Earth and Sky (Nossa Terra e Nosso Céu Envenenados) afirma:
“As necessidades nutritivas dos insetos são muito diferentes das do homem e dos animais. Ao passo que o homem viceja numa dieta elevada de proteínas, os insetos preferem os carboidratos. Precisam mais deles em seu sistema de operação. Um inseto pode saltar o equivalente ao Edifício ‘Empire State’ em um só pulo, falando-se comparativamente, e precisa de muitos carboidratos para ter essa energia. Assim, quando uma planta tem mais carboidratos que a outra, um inseto a procurará e a preferirá.”
Comprovando esta observação pela pesquisa científica, continua o livro:
“Conforme demonstrado pela pesquisa da Estação Experimental Agrícola de Missouri, EUA, as plantas que não obtêm matéria orgânica produzem uma quantidade desequilibrada de carboidratos às custas da proteína e dos óligominerais. Os insetos, segundo parece, preferem estas plantas ‘doces’ e conseguem atacá-las mais facilmente.”
Assim, quando os insetos comem plantas do jardim, não será que nos dizem algo? Recebem as plantas a nutrição necessária do solo? Pode-se fazer algo para remediar a condição não saudável das plantas?

terça-feira, 24 de agosto de 2010

As Correições

Já observou a irresistível marcha de formigas agressivas? A marcha de centenas de milhares de formigas-correição, ou formigas-legionárias, é um dos espetáculos mais assombrosos do mundo entômico. Qualquer objeto em seu caminho é devastado por estas colunas militantes; um cavalo preso com uma corda ou um píton letárgico pode ser reduzido a simples ossos em questão de horas! Diferente de outras espécies de formigas, a correição tropical não faz um ninho, porém marcha, ou avança, quase que constantemente, em sociedades que medem, por vezes, 14,6 metros de largura.

Turmas de batedores, com cabeças grandes e impressivas mandíbulas parecidas a foices, lideram o avanço, deixando pelo caminho um rasto odorífero. A coluna principal de formigas segue sua trilha odorífica. Percorrendo mais de 200 metros por dia, e movendo-se apenas a luz do dia, esta expedição atua por cerca de duas semanas em sua busca voraz e frenética de alimentos, especialmente para nutrir as larvas que são levadas junto. Daí, há uma pausa no avanço, à medida que a rainha deposita de 100.000 a 300.000 ovos; depois de cerca de 20 dias, quando tais ovos se tornam larvas famintas, começa de novo a migração. E quem imaginaria que este temível exército de soldados e de operárias, em toda a frenética atividade, é cego!

A correição é a ‘vassoura nova que varre bem’, limpando a trilha de todos os gusanos, larvas ou quaisquer outras criaturas apanhadas desprevenidas. Ora, alguns naturais da região ficam contentes de deixá-las passar por suas casas rústicas, apenas para ter uma limpeza geral na casa!

A Maior Família da Terra

Há quase um milhão de espécies descritas de insetos já identificados pelo homem — mais espécies do que todos os demais animais considerados juntos. Isso representa que, se aprendesse o nome de 100 espécies por dia, levaria mais de 27 anos para saber os nomes de todas as espécies conhecidas! Algumas fontes, porém, indicam que existem ainda milhões de espécies entômicas não-identificadas.

Falando-se em sentido estrito, nem toda criaturinha rastejante é um inseto. Como se identifica um inseto? É muito simples. Seu corpo se divide em três partes (cabeça, tórax e abdome). Possui um par de antenas. Agora, conte as pernas. Se tiver seis, é um inseto. Se houver mais ou menos de seis, não é. Por exemplo, as aranhas, que têm quatro pares de patas ambulatórias, não são insetos, falando-se de forma estrita, mas pertencem a uma classe conhecida como aracnídeos.

Como contribuem os insetos para a teia de vida aqui na Terra? Bem, o homem já sente apreço pelo papel dos insetos tais como as abelhas e as borboletas (mariposas) na polinização vegetal. E as formigas? Ora, em apenas cerca de meio hectare, estes pequeninos insetos movimentam toneladas de solo num ano, soltando-o e arejando-o! As baratas e os besouros se alimentam de matéria em decomposição; seus próprios excrementos nutrem o solo. Diversos insetos servem de alimento para o homem, tais como as locustas, os grilos, os térmites, as formigas e os grandes besouros. É dos insetos que o homem obtém mel, cera de abelha, seda, goma-laca, tinturas e substâncias de valor medicinal.

Embora pareça estranho, os insetos até mesmo contribuem para o deleite do homem. Talvez tenha apreciado o cricri do grilo, o zumbido de abelhas atarefadas numa tarde tépida de verão, ou a dança noturna dos vaga-lumes. Ora, na selva amazônica pode-se observar crianças brincando com grandes besouros presos a um barbante!

Na verdade, alguns insetos são terríveis pragas ou são transmissores de doenças. No entanto, a maioria deles não é nossa inimiga. Antes, destroem ervas daninhas ou apenas fornecem alimento para peixes, aves, répteis, mamíferos, e para outros insetos. Examinemos mais de perto alguns deles.

Insetos

No estágio adulto, estes invertebrados se distinguem por um corpo que consiste em três segmentos, cabeça, tórax e abdômen, com seis patas, um par de antenas, e, em geral, duas ou quatro asas.

A linguagem pitoresca da Bíblia refere-se aos insetos como ‘andando de quatro’. Moisés obviamente sabia que os insetos têm seis patas. Assim, tal referência é, sem dúvida, ao seu modo de andar, em vez de ao número de patas. Há insetos alados, incluindo as abelhas, as moscas e as vespas, que andam sobre suas seis patas do modo como andam os animais quadrúpedes. Outros insetos, tais como os gafanhotos, estão equipados de duas patas aptas para o salto, e, assim, literalmente usam as outras quatro patas para rastejar. — Le 11:20-23.

As mais de 800.000 variedades conhecidas de insetos apresentam um panorama contrastante. Ao passo que alguns têm coloração sombria, outros são revestidos de tons brilhantes e de lindos padrões. Acham-se representados neles todos os matizes do arco-íris. Em tamanho, os insetos variam de besourinhos tão pequenos que podem passar pelo buraco duma agulha, até curiosos “bichos-pau” que medem mais de 30 cm de comprimento. Entre os insetos, é possível encontrar comunidades organizadas: construtores, agricultores, manufatureiros, voadores de longa distância, peritos saltadores, nadadores e cavadores. Através do estudo e da observação, o homem pode aprender muito dos insetos, sobretudo, que são criações de Deus, dotados de sabedoria instintiva, não por acaso, mas pela Fonte de toda a sabedoria, Jeová. — Jó 12:7-9.

Embora muitos se inclinem a encarar os insetos como pragas que estragam plantações e os bens do homem, além de disseminarem doenças, realmente apenas uma pequeníssima porcentagem de insetos pode ser chamada de prejudicial sob as atuais circunstâncias. A maioria pode ser classificada quer como neutra, quer como direta ou indiretamente benéfica para o homem.

Os insetos têm importante ligação natural com as plantas. Estima-se que 85 por cento das plantas floríferas dependem, quer completa, quer parcialmente, da polinização feita por insetos. Os insetos desempenham também um papel benéfico como enriquecedores do solo e eliminadores de restos. Produzem-se corantes e goma-laca de cochonilhas. No Oriente Médio, insetos, tais como gafanhotos, há séculos são usados como comestível. Se não existissem insetos, o mel e a seda não seriam conhecidos.

Os insetos deveras ocupam um lugar importante com relação ao restante da criação terrestre. Observou Carl D. Duncan, professor de entomologia e botânica: “Não é exagero dizer que os insetos determinam o caráter do mundo do homem de maneira muito mais ampla do que ele próprio o faz, e que, se eles de repente desaparecessem completamente, o mundo mudaria tanto que é extremamente duvidoso que o homem pudesse manter qualquer tipo de sociedade organizada que fosse.” — Annual Report of the Smithsonian Institution (Relatório Anual do Instituto Smithsonian), 1947, p. 346.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Levantar-se e aquecer-se

Quem mora em lugares de clima frio sabe como é importante se manter aquecido. O mesmo acontece com insetos de sangue frio que acordam todo dia praticamente congelados. O sol é seu aliado e eles o aproveitam ao máximo.

Moscas e besouros são atraídos por flores ou folhas que absorvem o calor do sol durante as primeiras horas da manhã. Alguns besouros freqüentam lírios-aquáticos australianos cujas flores agem como estufas que ficam até 20 °C acima da temperatura ambiente. Em contraste, as borboletas têm um sistema próprio de aquecimento. Quando precisam se aquecer, abrem as asas, que servem como eficientes painéis solares, e as inclinam para o sol.

O amor está no ar

Muitos insetos usam sons e aromas para encontrar um par, uma tarefa e tanto se a sua expectativa de vida é de apenas algumas semanas e os prospectivos parceiros são poucos.

Para encontrar um parceiro, a fêmea da mariposa-imperador exala um cheiro tão forte que o macho consegue localizar a fonte a uma distância de quase 11 quilômetros. Suas antenas sensíveis podem detectar uma única molécula do aroma.

Grilos, gafanhotos e cigarras preferem usar o som. Até nós ouvimos a cigarra apaixonada que transforma o corpo inteiro numa caixa de ressonância. Ora, um grupo de cigarras na época do acasalamento pode produzir um som tão alto quanto o de uma furadeira pneumática! Em contraste, algumas fêmeas não emitem som algum.

Vôo e visão impressionantes

Muitos insetos são ases do vôo, como indicam alguns exemplos a seguir. Os mosquitos podem voar de cabeça para baixo. Alguns até conseguem voar na chuva sem se molhar, porque se desviam das gotas de chuva. Certas vespas e abelhas tropicais atingem em vôo velocidades de até 72 quilômetros por hora. Uma borboleta monarca da América do Norte percorreu 3.010 quilômetros em seu vôo migratório. A mosca sírfida consegue bater as asas mais de mil vezes por segundo, muito mais rápido do que o beija-flor. As libélulas podem voar para trás, uma característica que atiçou a curiosidade dos pesquisadores, levando-os a estudá-las mais atentamente.

Se já tentou matar uma mosca, sabe que ela tem visão excepcionalmente aguçada, além de reflexos dez vezes mais rápidos do que os nossos. O interessante é que a mosca tem olhos compostos, com milhares de lentes hexagonais que trabalham independentemente. É provável, portanto, que sua visão seja fragmentada.

Alguns insetos conseguem captar a luz ultravioleta, invisível para os humanos. Assim, uma borboleta que nos parece branco-pálida é muito atraente para o macho. De fato, quando vista através da luz ultravioleta, a fêmea tem belos desenhos, ideais para chamar a atenção dos machos na época do acasalamento.

Os olhos de muitos insetos servem de bússola. Abelhas e vespas, por exemplo, conseguem detectar o plano da luz polarizada e, assim, localizar a posição do sol no céu, mesmo em dias nublados. Graças a essa habilidade, elas podem buscar comida bem longe do ninho e ainda assim achar o caminho de volta, sem erro.

O incrível mundo dos insetos

DO CORRESPONDENTE DE DESPERTAI! NA ESPANHA

ACHA que os insetos só servem para incomodar? Gostaria que essa praga sumisse da face da Terra? Tenta matar os insetos com inseticida, esmagá-los ou pisar neles sempre que tem oportunidade? Antes de declarar guerra total aos insetos, o que acha de aprender um pouco mais sobre eles? Visto que a proporção é de cerca de 200.000.000 de insetos para cada humano, você pode estar certo de que eles vieram para ficar.

Se analisar brevemente algumas dessas criaturinhas impressionantes, você talvez fique convencido de que os insetos merecem respeito.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Como os insetos causam doenças

Os insetos podem atuar como vetores — ou seja, agentes transmissores de doenças — de duas formas principais. Uma delas é a transmissão mecânica. Assim como as pessoas podem trazer para dentro de casa sujeira impregnada no sapato, “a mosca-doméstica pode carregar nas patas milhões de microorganismos que, dependendo da quantidade, causam doenças”, diz a Encyclopædia Britannica. Moscas que pousaram em fezes, por exemplo, contaminam alimentos e bebidas. Essa é uma forma de o homem contrair doenças debilitantes e mortíferas como a febre tifóide, a disenteria e até mesmo a cólera. As moscas também contribuem para a transmissão do tracoma — a principal causa de cegueira no mundo. O tracoma pode causar a cegueira por danificar a córnea, que é a parte anterior do olho localizada na frente da íris. No mundo todo, cerca de 500 milhões de pessoas sofrem desse flagelo.

A barata, que gosta da sujeira, também é suspeita de transmissão mecânica de doenças. Segundo especialistas, o recente surto de asma, principalmente em crianças, está relacionado com a alergia a baratas. Tome-se como exemplo o caso de Ashley, adolescente de 15 anos que passa muitas noites com dificuldades respiratórias por causa da asma. Na hora em que a médica vai auscultar o seu pulmão, uma barata cai da blusa da menina e sai correndo pela mesa de exames.

Insetos que seguem o homem

“A maior parte das doenças febris no homem é causada por microorganismos veiculados por insetos”, diz a Encyclopædia Britannica. Costuma-se usar o termo “inseto” não só para os insetos propriamente ditos — animais de três pares de patas, como mosca, pulga, mosquito, piolho e besouro — mas também para criaturas de oito patas, como ácaro e carrapato. Segundo a classificação científica, todos esses se enquadram na categoria mais abrangente dos artrópodes — a maior divisão do reino animal — que inclui pelo menos um milhão de espécies conhecidas.

A grande maioria dos insetos é inofensiva ao homem e alguns são muito úteis. Sem eles, muitas plantas e árvores que fornecem alimento ao homem e aos animais não seriam polinizadas nem dariam frutos. Há insetos que ajudam a reciclar o lixo. Um grande número se alimenta exclusivamente de plantas, ao passo que alguns comem outros insetos.

É claro que há insetos que incomodam o homem e os animais com uma picada dolorosa ou simplesmente pelo seu grande número. Alguns também danificam plantações. Mas os piores são os que causam doenças e morte. As doenças transmitidas por insetos “provocaram mais mortes desde o século 17 até a parte inicial do século 20 do que todas as outras causas somadas”, diz Duane Gubler, dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, dos Estados Unidos.

Atualmente, cerca de 1 em cada 6 pessoas está infectada com uma doença transmitida por insetos. Além de causar sofrimento, essas doenças representam um grande ônus financeiro, sobretudo nos países em desenvolvimento, que são justamente os que menos dispõem de recursos. Mesmo um único surto pode ser oneroso. Consta que uma epidemia na parte ocidental da Índia, em 1994, custou bilhões de dólares à economia local e mundial. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), esses países só farão progresso econômico quando tais problemas de saúde estiveram sob controle.

Doenças transmitidas por insetos — um problema crescente

É NOITE num país da América Latina. A mãe, com carinho, coloca seu filhinho para dormir. No escuro, um inseto preto e lustroso, de uns dois centímetros de comprimento, entra em cena. É o barbeiro, que sai sorrateiramente de uma fenda no teto. Ele pousa de mansinho no rosto da criança adormecida, picando-lhe a pele macia. À medida que suga o sangue, deposita fezes infectadas de parasitas. Sem acordar, o menino coça o rosto, esfregando as fezes infectadas na lesão.

O resultado desse encontro é que a criança contrai a doença de Chagas. Em uma semana ou duas, o menino apresenta febre alta e o corpo inchado. Se ele sobreviver, os parasitas podem se alojar no corpo, invadindo o coração, o sistema nervoso e os tecidos internos. Talvez não apresente sintomas por 10 a 20 anos. Mas daí podem ocorrer lesões no trato digestivo, infecção cerebral e por fim a morte por falência cardíaca.

O relato fictício acima mostra como se pode contrair a doença de Chagas. Na América Latina, milhões talvez corram risco de receber esse “beijo da morte”.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Um Lugar Que Possam Chamar de “Lar”

O “lar” das formigas é apenas pequeno buraco, de início, ‘pequeno ninho que possam chamar de seu’. Pode ser simples buraco no solo ou sob algumas pedras. Certas formigas formam monturos ou formigueiros, por juntarem terra e raminhos ao redor e sobre seus ninhos. Lá dentro há corredores que ligam várias câmaras. Outras formigas cavam talvez cerca de cinco metros terra adentro, e seu emaranhado subterrâneo de câmaras e passagens pode tornar-se bem extenso. Ora, alguns ninhos de formigas abrangem quase meio hectare!

As sarassarás fixam sua casa na madeira. Ao passo que não consomem a madeira, abrem espaços nela por meio de mordidas. Isto não é tão ruim se seu lar vem a ser uma tora velha da floresta. Mas, outra coisa é se o “lar” delas vem a ser as vigas de sua casa. Ora, prédios podem cair porque as sarassarás estabelecem residência em seu madeiramento!

Algumas formigas tecem folhas juntas para fazer as paredes externas de suas casas. Ao fazerem isto, usam o material sedoso produzido pelas formigas em crescimento, ou larvas. Ao passo que algumas formigas adultas seguram as folhas no lugar, outras movimentam as larvas de um lado para o outro, costurando as bordas. Ainda outras formigas fabricam “cartolina”, usando partículas de madeira, e, possivelmente, um pouco de areia, sendo tudo cimentado com sua saliva. Mas, os insetos chamados formigas-correição não são construtores de casas. Simplesmente se agrupam em torno da formiga-mãe e seus filhotes, talvez pendurados numa tora, com suas patas enganchadas umas nas outras para formar um abrigo temporário.

Vista de Perto

Ao passo que há formigas aos milhões, suponha que as examinemos mais de perto como indivíduos. Comecemos com a cor. Algumas formigas são amareladas, porém a maioria são negras, marrons ou vermelhas. “Mas, já ouvi falar também de formigas brancas”, talvez comente. “Que dizer delas?” Na realidade, as “formigas brancas” não são formigas de jeito nenhum. São térmites e pertencem a outra família de insetos.

Bem, agora uma palavrinha sobre sua anatomia. Seu corpo consiste em três partes: (1) cabeça; (2) tórax; e (3) abdômen. As formigas dispõem de vários centros nervosos, o maior deles sendo o cérebro, situado na cabeça dos insetos. A maioria dessas criaturas possui um olho composto em cada lado da cabeça. Estes olhos talvez consistam em seis a mais de mil lentes, cada uma sendo como diminuto olho. Adicionalmente, certas formigas aladas possuem três olhos simples por trás da cabeça. Embora a visão da formiga com freqüência seja muito turva, e certas formigas não disponham de olhos, pelo menos algumas formigas podem ver pedras e outras coisas e usar estes “pontos de referência” como guia em seus percursos.

Enquanto olha para a cabeça da formiga, observe as duas antenas que se estendem para fora. O tato, o paladar e o olfato estão todos associados a estes “órgãos táteis”. E queira não desperceber aquelas mandíbulas. Abrem-se e fecham-se lateralmente, e não para cima e para baixo.

Os três pares de patas da formiga são ligados ao tórax. Também as asas, se o inseto as tiver. Em seguida vem o abdômen, que contém o papo, em que o alimento é estocado e levado para outros da sociedade das formigas. O estômago e os intestinos da formiga estão situados logo abaixo desse papo, no seu abdômen. Uma coisa mais: Algumas formigas possuem um ferrão que causa dor. Com efeito, por meio de ferroadas, as formigas-de-fogo, segundo se sabe, chegam a matar as avezinhas que ainda não deixaram o ninho.

Conheça Uma “Superfamília”

As formigas são insetos da ordem Hymenoptera, a qual também inclui as vespas e as abelhas. As próprias formigas, porém, formam o que é considerado uma “superfamília”, Formicoidea. Tudo muito científico, não é? Bem, seja lá como as chame, há cerca de 15.000 espécies de formigas na terra, e vivem em toda a parte, exceto nas regiões polares.

Uma coisa é certa: As formigas são supernumerosas. Ora, em apenas um terreno florestal de 4 hectares investigado, havia calculadamente de onze a treze milhões apenas de uma espécie, para não se dizer nada de todas as outras formigas na mesma área!

“Vai ter com a formiga”

NINGUÉM espera que fique muito feliz se bandos de formigas vierem participar de seu piquenique sob as árvores. Elas têm um jeitinho especial de se tornarem incomodativas. E tais pequenos insetos persistentes gostariam de fazer com que o leitor e seu grupo se fossem rapidamente.

Todavia, as formigas são mencionadas com favor no livro mais antigo da terra “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; vê os seus caminhos e torna-te sábio”, afirma a Bíblia Sagrada. (Pro. 6:6) Evidentemente, isto significa que o preguiçoso pode aprender algo com a humilde formiga. Mas, o quê?

A Bíblia também indica que as formigas se acham entre as criaturas “instintivamente sábias.” (Pro. 30:24, 25) Significa isto que pensam profundamente, fazem planos inteligentes e então os executam?

Pesquisar as respostas a tais perguntas nos colocará em companhia incomum. Com efeito, seguir o rasto das formigas, observá-las e visitar suas moradas pode ser uma aventura e tanto.