sábado, 28 de agosto de 2010

Controle das Plantas

Muitos insetos mostram preferir determinada espécie de planta. Seus hábitos alimentares impedem que várias plantas cresçam desenfreadamente.
Um caso em pauta é a opúncia. Esta planta foi tolamente introduzida na Austrália. Não havendo insetos inimigos para controlá-la, a opúncia espalhou-se rápido. Dentro de pouco tempo, tornou milhões de hectares de terra praticamente inadequados para a lavoura.
Daí, em 1925, foram enviados da Argentina para a Austrália 2.750 ovos da mariposa do cacto. Por fim, milhões de ovos foram distribuídos em áreas em que a opúncia tinha fincado pé. As lagartas incubadas da mariposa do cacto fizeram bem seu trabalho. Penetraram nas juntas da opúncia e assim a destruíram. Por fim, este cacto deixou de ser uma praga para a Austrália.
Outro exemplo de controle das plantas pelos insetos envolve a erva de S. João ou hipericão. Esta erva foi trazida da Europa para os EUA. Foi primeiro observada nos EUA em 1793. Por volta de 1940, milhares de hectares das pastagens do norte da Califórnia foram devastados por esta praga. Mais tarde, introduziram-se seus inimigos insetos. A respeito da efetividade de tal medida, declara Scientific American:
“A destruição do hipericão pelos besouros foi acompanhada pela volta das desejáveis plantas forrageiras. Na Califórnia, muitos milhares de hectares agora dispõem de capacidade marcantemente maior de sustentar o gado; os valores dos terrenos subiram; os gestos com o controle do hipericão são mínimos.”
Mas, será que tais insetos se tornaram uma praga desde que o hipericão passou a ser controlado? Não. Continua Scientific American:
“Devido a que os crescimentos do hipericão não mais são extensivos e as áreas infestadas se acham agora amplamente separadas, todos os importantes insetos imigrantes, que dependem totalmente do hipericão para sobreviver, decresceram em número. Felizmente, sua habilidade de localizar novas áreas infestadas e sua alta taxa de reprodução impediram qualquer ressurgimento importante do hipericão. Todos os indícios são de que esta planta nociva da pradaria será controlada e que seus controles por insetos se perpetuarão.”
Não há meio de se saber exatamente quantas plantas se tornariam pragas se não fosse pelo controle dos insetos. Mas, os exemplos adrede mencionados bem ilustram que o homem carece de ajuda dos insetos.
Até mesmo as atividades dos insetos que parecem destrutivas podem ser proveitosas para o homem. Nas florestas, os insetos realizam vital tarefa de poda. Alguns atacam e matam os galhos inferiores das árvores. Esta poda natural fornece ao homem madeira de melhor qualidade. Ainda outros insetos matam árvores. Destarte, impedem que as áreas florestais se tornem apinhadas demais. As árvores que sobrevivem conseguem crescer mais rápido. A atividade dos insetos florestais também reduz o perigo de incêndio e torna a floresta mais adequada como lar para a vida selvagem.

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