domingo, 23 de maio de 2010

Há Algo de Bom na Barata?

Existe algo de bom na barata? Na realidade, trata-se de um insetinho muito complexo. Os sensores da barata detectam mudanças na pressão e na temperatura do ar, bem como localizam água e avisam da aproximação de predadores. As antenas das baratas possuem 40.000 terminações nervosas que realizam as funções de tato, paladar e olfato para a barata. Os maiores órgãos dos sentidos da barata são os olhos compostos, constituídos de muitas lentes diminutas; todavia, a barata não distingue os objetos com clareza. Entretanto, ela é muito sensível ao movimento e rapidamente nota até mesmo minúsculas mudanças na intensidade da luz. Os cercos — o bifurcado par de filamentos na extremidade do abdome — detectam vibrações, bem como sons ou movimentos de ar, e, assim, acionam a reação de fuga do inseto, fazendo-o correr para a rachadura ou greta mais próxima. Alarmada, a barata pode reagir em até 0,054 de segundo e escapar!

A barata respira através de espiráculos, respiradouros do tipo vigia de cada lado do corpo. O sangue é bombeado por enorme tubo que percorre todo o corpo dela. Decapitada, a barata ainda pode sobreviver por mais de um dia — o bastante para que uma fêmea deposite seus ovos num lugar seguro. A barata-americana pode viver até seis semanas sem nenhum alimento ou água.

Um inseto surpreendente, sim, mas de que proveito ele é para a humanidade? Bem, por um lado, é um inimigo declarado de percevejos. E por causa de seu tamanho e da facilidade com que é criada, a barata-americana é muitas vezes utilizada nas pesquisas científicas feitas em laboratório. Pesquisadores nipônicos, por exemplo, usaram certa vez, com êxito, um extrato de barata para tratar de doenças do fígado em camundongos de laboratório e mostraram-se otimistas de que isso também funcionaria no caso de humanos. Alguns pescadores empregam a barata-oriental como isca para pegar bremas, espécie de peixe-lua. Mas este pequeno inseto é essencialmente necrófago, realizando o trabalho para o qual foi criado: devolver os resíduos, o lixo, e as carcaças de animais mortos para o solo.

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